domingo, 31 de outubro de 2010

#blogdoivansantana: Candidatos Jovens

#blogdoivansantana: Candidatos Jovens: "De um total de 852 candidatos, foram 30, o número de jovens (16 a 29 anos) candidatos a deputado estadual e federal nas eleições de 2010. E..."

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Uma missão nobre do cidadão

A política é considerada pela maioria dos brasileiros como algo nocivo e pernicioso, como ação corrupta e corruptora, indigna para ser praticada por uma pessoa séria e responsável. Para muitos, trata-se de uma atividade específica de políticos, de elites e figurões, de gente graúda ou de seus apadrinhados, sendo vista também como um trampolim para certas pessoas "vencerem na vida". Nada mais seria que um vale-tudo, em que não há princípios nem escrúpulos, os fins justificando todo e qualquer meio, por mais desonesto e absurdo que seja.

A política vive hoje uma grave crise, sobretudo por fatores que, de um lado, envolvem a esfera dos interesses e, de outro, a esfera dos valores. Dos interesses, porque a política vem a ser associada à prática de atos econômicos que distorcem a correta relação que deve existir entre interesse privado e interesse público. São freqüentes denúncias de corrupção e outros crimes correlatos, envolvendo instituições dos três poderes nas esferas federal, estadual e municipal, além de tecnoburocratas, políticos e personalidades públicas a partir do primeiro escalão da República. Dos valores, porque se vem verificando uma espécie de baixa de tensão ideal no fenômeno político, provavelmente por causa da derrota das utopias que dominaram o século XX e pelo fato de a maioria não perceber que essas utopias foram uma das causas das transformações que humanizaram as estruturas de poder econômico e político implantadas no planeta.

As distorções do regime político e do sistema partidário, por causa da corrupção, do autoritarismo, do centralismo e do fisiologismo político, têm levado milhões de brasileiros a adotar atitudes passivas frente ao governo, aos processos eleitorais, à atividade partidária e à própria deterioração da situação econômica e social. Essa apatia política se está difundindo progressivamente devido à idéia de que as promessas não cumpridas da democracia não sejam mesmo possíveis de manter. Contribuem para este comportamento a pouca vivência democrática (após o regime militar, o país tem menos de 20 anos de democracia, o maior período contínuo de sua história) e ainda o fato de que historicamente a criação do Estado precedeu à formação da nação brasileira.

Esta situação precisa mudar. Para isso, um primeiro passo já foi dado com a vitória da proposta mudancista das forças políticas que se reuniram em torno da candidatura Lula, no 2º turno das eleições de outubro de 2002. Outros estão tendo seqüência com a montagem de um governo de coalizão democrática, liderado pelo Partido dos Trabalhadores, que está gerindo o país. Novo passo se revela imprescindível: cada brasileiro se convencer da necessidade de fazer política, arregaçar as mangas e se lançar na luta. Ao lado disso, que se desenvolvam esforços para devolver à política seu caráter ético e de serviço para o bem da sociedade.

Para melhor entender o papel da política numa determinada sociedade, tem-se que considerar que: a) a atividade do sindicato ou da associação se vincula à busca de soluções para os problemas profissionais, de melhores condições de trabalho e de vida para os trabalhadores; b) a da associação de moradores se preocupa com as questões ligadas ao local de moradia, e de um determinado bairro específico; c) a da paróquia ou do templo se relaciona com os aspectos extra-terrenos, numa área de abrangência específica. E que a atividade política é a única que solda todas as demais ações humanas em prol do encaminhamento das questões maiores e essenciais da sociedade, desde as do município, passando pelas do estado e as da União. É a mediadora das esferas fundamentais da vida coletiva.

A ação política, por si mesma, é transformadora. Pois está vinculada à questão do poder, aos mecanismos de definição coletiva de uma determinada comunidade, de um povo. A política é a atividade mais nobre do homem, pois quando efetivamente praticada ela se faz em benefício de todos, e não de uns poucos. É no campo político que se dá a intercessão do "mundo sistêmico", da economia e da política, com o "mundo do cotidiano", onde se realizam as aspirações imediatas dos homens.
Todo cidadão precisa saber que, sendo omisso ou alheio às questões políticas, está também fazendo política, pois está permitindo que pessoas descomprometidas com a sociedade continuem usando a política em seu benefício, único e exclusivo, ou do seu grupo. Daí a importância e a necessidade de todos fazerem política. É como num jogo de futebol. Ficar na arquibanda, torcendo pelo seu time, ajuda, mas quem decide o resultado da partida é quem está no campo jogando. É também como num incêndio. Tem importância gritar e pedir socorro, mas para apagar as chamas precisa agir. Para resolver o jogo da vida e apagar o incêndio dos problemas é preciso agir. É preciso fazer política.

Que país é o nosso?

O Brasil é um país-continente, uma nação múltipla, complexa e dinâmica. É a quinta maior população mundial (170 milhões de habitantes) e também a quinta maior superfície em extensão (8 milhões de km2). É uma das dez economias capitalistas do mundo (nosso PIB já ultrapassa R$ 1 trilhão), e é dono de um parque produtivo integrado e bastante diversificado, de um sistema financeiro e bancário dos mais modernos, de vastos recursos naturais (maior produtor mundial de cana-de-açúcar, laranja, café, mandioca e frutas tropicais e o segundo maior de feijão, soja, carne de frango), de potencialidades imensas e com um grau elevado de interligação com a economia mundial.


Ao mesmo tempo, situa-se na ridícula 46ª posição mundial em termos de renda per capita, e faz 25 anos que é campeão mundial absoluto em concentração de renda e de riqueza (ativos financeiros, fábricas, terras, imóveis em geral etc), mesmo quando comparado com nações pobres da África. Para se ter uma idéia, apenas 1% dos brasileiros detém cerca de 53% do estoque de bens do país, e a renda dos 10% mais ricos é 28 vezes a obtida pelos 40% mais pobres (na Argentina é de 10 vezes, em Portugal de oito, nos EUA de 5,5 e no Japão de quatro vezes). Destaque-se que os pobres brasileiros, aqueles cuja renda mensal é insuficiente para o atendimento do conjunto de suas necessidades básicas, continuam a constituir um terço da população. Somam 53 milhões, sendo que 22 milhões deles são indigentes, não dispõem de renda monetária suficiente para atender à primeira necessidade fundamental: a alimentação.


Embora superado apenas por Serra Leoa, na África, quanto a desigualdades econômico-sociais, o Brasil é, porém, campeão mundial em taxa de juros praticada (para depósitos e empréstimos), detentor absoluto do maior estoque de dívida externa. Cerca de 59% da população não são atendidos em saneamento básico, e ainda 28% não desfrutam do consumo de água tratada. O analfabetismo, em indivíduos com mais de 15 anos, ainda é elevado - 13,3% da população nacional. A média de escolaridade no país é simplesmente vergonhosa - o brasileiro não vai além de 6,5 anos de freqüência à escola, índice três vezes inferior ao da Argentina. A taxa de escolarização atinge apenas 70,9% das crianças entre 5 e 6 anos (pré-escolar), alcança 95,7% entre 7 e 14 anos (ensino fundamental) e apenas 78,5% entre 15 e 17 anos (ensino médio). A mortalidade infantil alcança em média 34,6 por mil nascidos vivos.


A concentração de propriedade e de renda é extremada e revela capacidade singular de sobrevivência. Evidentemente, propriedade e renda, mas também educação, saúde, condições de vida, acesso ao serviço público e outros "bens" valiosos, como o poder, por exemplo, não estão concentrados de forma aleatória, mas conforme linhas divisórias bem definidas: por região, cidade-campo, gênero, raça e etnia, idade, entre outras. De acordo com cada uma dessas linhas, a sociedade brasileira divide-se em privilegiados e desprivilegiados, incluídos e excluídos.
O PPS entende que a desigualdade e a exclusão sociais constituem o centro da agenda política do país. Sabemos que o mecanismo da concentração não é desativado simplesmente com crescimento econômico. Sabemos também que as políticas chamadas compensatórias, embora indispensáveis, são francamente insuficientes para resolver a questão. É necessário subordinar o conjunto das políticas públicas ao desenvol-vimento social, à diretriz de redistribuição de propriedade e de renda, e de oportunidades nos diferentes mercados.


Para remover os obstáculos que dificultam o desenvolvimento do Brasil e a construção de uma sociedade democrática, moderna e justa, não basta apenas enfrentar e superar os graves problemas emergenciais. Há de se pensar, se projetar e se encaminhar um conjunto de saídas estratégicas para o país, sob pena de perdermos novamente o bonde da história.
Todos podem e devem comer, trabalhar e obter uma renda digna, ter escola, saúde, saneamento básico, capacitação profissional, acesso à cultura, ao lazer, à alegria. Ninguém deve viver na miséria. Todos têm direito à vida digna, à cidadania. O Estado só tem sentido se é um instrumento da garantia desses direitos. A política, os partidos, as instituições, as leis só devem servir para esse objetivo maior. De outra, não teriam sentido.

Deve-se considerar, ao se analisar economicamente o Brasil atual e futuro, o esgotamento de todo um modelo de desenvolvimento, os imperativos da competitividade no plano internacional e as tendências complexas da globalização. Numa realidade assim, precisa-se buscar caminhos próprios favoráveis ao país num quadro mundial em rápida transformação, e tentar resolver problemas em dois setores cruciais: a formulação e implantação de um novo projeto de desenvolvimento nacional, considerado em seus aspectos econômicos, sociais, políticos, científico-tecnológicos e culturais, e a superação das desigualdades sociais.

O povo brasileiro pode cumprir aqui um papel decisivo na construção de um novo projeto civilizatório para o Terceiro Milênio. Entretanto, empreender esta tarefa implica em ampliar sempre mais sua participação em todos os setores de atividades e tentar romper, de forma democrática e pluralista, a exclusão social que marca o processo de formação histórica do Brasil.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Obrigado a TODOS!

Meus amigos,

Agradeço a vocês, dos 47 minicípios do Pará que votaram no 14567 pra Deputado Estadual, foram 516 votos, e sou grato por cada um deles. Essa eleição foi uma grande experiência e vocês contribuiram positivamente na minha história.

Muito Obrigado,

Maurício Junior