domingo, 1 de maio de 2011

Clássico de paz e organização marcou o domingo no Estádio Olímpico do Pará


Organização. Esta foi a palavra mais utilizada por torcedores e vendedores ambulantes para sintetizar o trabalho da Polícia Militar (PM), do Departamento de Trânsito do Pará (Detran-PA) e da Secretaria de Esporte e Lazer (Seel) durante o jogo de futebol entre Remo e Paysandu, neste domingo, 1º de maio. Os dois times tem as maiores torcidas do Estado e empataram por 1x1.

Com o público de mais de 20 mil pessoas, a disputa entre os clubes foi apenas no gramado. Não houve brigas entre torcedores e não foi observado também engarrafamento nas vias de acesso ao Estádio Olímpico do Pará, Edgar Proença, o Mangueirão, onde ocorreu a partida, em Belém. O Estádio Olímpico completou nove anos de inaugurado no mesmo dia do Re x Pa.

A montagem das duas praças de alimentação, com cerca de 55 barracas cada, foi uma medida de segurança inédita testada pela PM. A determinação pôs fim na aglomeração em volta do anel viário do local, desobstruiu o trânsito e ainda alcançou a proeza de agradar remistas e bicolores. O coronel da PM Hilton Benigno destacou um efetivo de mais de 900 homens para participar da operação de segurança do jogo. “Com a estratégia de estabelecer espaços fixos para venda de ambulantes, ocorreu um ganho expressivo para o torcedor e para a as atividades da polícia, que agora consegue agir mais rápido em casos de tumulto”, ressaltou o coronel.

Os torcedores também ficaram satisfeitos com a novidade. O público dos dois times não se cruza mais em nenhum momento, na entrada ou na saída da competição. O engenheiro Vicente Costa, de 29 anos, levou o filho de 11 para assistir ao clássico. “Melhorou em 100%. Parece outro Mangueirão. Você pode andar tranquilo, sem ficar preocupado com brigas ou tentativa de roubos. Em Re x Pa sempre há uma tensão natural e por isso é importante evitar que as torcidas se misturem”, avaliou.

A comerciante informal Conceição da Silva conseguiu vender toda a mercadoria de água e bebida alcoólica – cuja venda é permitida somente em lata e na parte externa ao campo – antes do início do jogo. “Ficou mais organizado assim, não preciso ficar carregando isopor. Com a barraca, o ambulante tem mais visibilidade e compradores certos”, ela declarou.

O Corpo de Bombeiros, a Companhia de Transportes de Belém (Ctbel) e a Secretaria Municipal de Economia (Secon) também apoiaram as ações do governo do Estado durante a partida de futebol. O jogo foi transmitido por rádio e televisionado pela Fundação de Telecomunicações do Pará (Funtelpa).

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